Fintech brasileira que une blockchain com Inteligência Artificial arrecada US$ 2 milhões em financiamento
A fintech brasileira PlanetaryX, que une blockchain com inteligência artificial no desenvolvimento de ativos digitais que representam a preservação de ecossistemas naturais, anunciou que arrecadou US$ 2 milhões em uma rodada de financiamento inicial.
Segundo e fintech, os fundos que serão aplicados no desenvolvimento de uma tecnologia de Inteligência Artificial (IA) destinada à proteção do meio ambiente. Com sede em São Paulo, a PlanetaryX é uma extensão do hub de tecnologia da Sthorm.io e acredita no potencial da união entre IA e blockchain para criar uma nova classe de ativos financeiros.
Ela destaca que esses ativos têm o propósito de representar e incentivar a preservação dos ecossistemas. Batizados de Ativos de Conservação de Biomas (BCAs), esses títulos negociáveis tem como objetivo conectar investidores a projetos de conservação ambiental de diferentes biomas ao redor do mundo, abrangendo uma ampla gama de serviços ecossistêmicos, como sequestro de carbono, proteção da biodiversidade, regulação da qualidade do ar, mitigação de enchentes, purificação de água, entre outors.
A PlanetaryX já está executando a versão de teste de seu protocolo EarthBook, capaz de sintetizar, auditar e certificar dados de vários projetos de conservação. Dessa forma, a empresa pretende emitir BCAs que representam milhões de hectares de áreas protegidas em biomas florestais primários do Brasil, como a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica.
A empresa destaca que a securitização dos BCAs será realizada por meio da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), em conformidade com a legislação brasileira.
Novos integrantes
A novidade ganha força com a chegada de Scott Bagby ao time da PlanetaryX. Bagby é um pioneiro de mercado com décadas de experiência no lançamento de produtos tecnológicos de ponta em todo o mundo. Ele foi um dos primeiros funcionários da Skype, tendo formado a equipe e fechado negócios que aumentaram a receita da empresa de 0 a 500 milhões de dólares em 3 anos.
Além de Bagby, o lado tecnológico da empresa contará com a experiência incomparável de Bob Richards, colaborador de longa data da NASA. Richards, que já atuou como assistente especial de Carl Sagan na Cornell University e dirigiu a Divisão Espacial da Optech, será responsável por treinar redes neurais artificiais de aprendizado profundo para integrar dados ambientais de imagens de satélite, sensores LiDAR e objetos inteligentes conectados.
"A missão da PlanetaryX é combinar os registros invioláveis e os contratos inteligentes das Distributed Ledgers Technologies (DLTs) com a capacidade da IA de integrar dados e modelos produzidos independentemente. O objetivo é criar um Consensus Oracle (CO) confiável, garantindo valor preciso e descoberta de qualidade para esforços de conservação ambiental e serviços ecossistêmicos em todo o planeta", destacou Pablo Lobo, co-fundador da Sthorm.
O também co-fundador da Sthorm, Mariano López Hermida, destaco que o ecossistema já conta com cases de sucesso como o do projeto ViralCure, uma plataforma de financiamento com foco em inovação biotecnológica para combater doenças infecciosas, que arrecadou mais de US$ 20 milhões para ajudar o Hospital das Clínicas de São Paulo a enfrentar a pandemia de Covid-19.
"Essa parceria exemplifica nosso compromisso em utilizar a tecnologia blockchain e a Web3 para impulsionar a inovação científica. Acreditamos no potencial transformador da descentralização da ciência e estamos empolgados em fazer parte dessa nova era de colaboração global", aponta Mariano.
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