IMPA tem primeira defesa de tese no metaverso do Brasil
O aluno do IMPA Caio Lucas Souza defendeu sua tese de doutorado no metaverso – a primeira realizada no ambiente de realidade aumentada no Brasil. O feito foi destacado na coluna de Ancelmo Gois, do Jornal O Globo. Intitulado “Agentes Inteligentes Virtuais”, o trabalho aborda técnicas de aprendizado de máquina, combinando gráficos e inteligência artificial em tempo real. Um dos exemplos do trabalho dele é um cachorro virtual que responde a comandos e interage com pessoas que acessam o metaverso do Visgraf.
“Uma coisa muito interessante do IMPA é que todo mundo se empolga com a matemática e foi isso que aconteceu. No início, não sabíamos exatamente o que fazer, mas começamos a pensar em modelos de aprendizagem de máquina a partir de um cubo mágico virtual, que programamos para se resolver sozinho. Assim, começamos a construir os comportamentos do cachorro, ajustando e criando coisas novas”, afirmou Caio.
A ideia da defesa de tese no metaverso partiu de Luiz Velho, orientador do Caio e pesquisador-líder do Visgraf (Laboratório de Computação Gráfica do IMPA), e de Jorge Lopes, coordenador de projetos tecnológicos do IMPA.
“Uma coisa que o IMPA sempre faz é desbravar, de forma pioneira, as novas tecnologias! Estamos fazendo pesquisa e inovação sobre a ciência do futuro. A tese do Caio com certeza vai ser lida por muitas empresas e pesquisadores que estarão usando essas ideias daqui a alguns anos!”, completou Luiz Velho.
O cachorro virtual criado por Caio é definido como um agente autônomo, ou seja, que foi programado para aprender comportamentos como olhar para a pessoa que entra no ambiente do metaverso, correr atrás de um graveto, receber carinho e latir. Um dos rumos futuros apontados pelo doutorando e pelo orientador é a possibilidade de estudar o comportamento de um cachorro real para criar um avatar que aprenda com essa “observação”.
“A área com a qual trabalhamos é multidisciplinar, engloba desde matemática propriamente dita até engenharia, arte e ciência. É claro que exige o rigor da matemática, sobretudo por ser experimental. A gente pode testar, simular e realmente comprovar se deu certo”, Luiz Velho.
Para Caio, a experiência de apresentar a tese no metaverso foi muito empolgante, porque conseguiu colocar em prática os aprendizados do doutorado. “Foi ótimo ter desenvolvido a tese! Fizemos muita prova de conceito, mas sinto que conseguimos evoluir e entregar um trabalho legal”, completou.