Conheça a Trexx, startup brasileira de jogos blockchain que chamou a atenção de Vitalik Buterin
Equipe Trexx da esq. p/ dir. Vinícius Chagas, Heloisa passos e Sabrina Olivo (Reprodução/Instagram)
“Os jogos são para muitos e a blockchain será para todos”. A frase faz parte da abertura da página da Trexx, startup de tecnologia para web3 games, fundada pela brasileira Heloisa Passos. Na semana passada, a equipe da Trexx participou de uma competição de tecnologia financeira da Ethereum Singapura, onde disputou com 120 participantes, e trouxe para o Brasil a placa de primeiro lugar na categoria Bens e Serviços Públicos.
“Pra gente foi incrível”, disse Heloisa ao Portal do Bitcoin durante uma entrevista na última quinta-feira (21). Ela acrescentou: “Foi mais incrível ainda para o Vinícius Chagas — um cara de tecnologia ouvindo o outro cara de tecnologia ali”, se referindo à conversa entre o CTO da Trexx e o fundador da Ethereum, Vitalik Buterin , que durante o evento se mudou para ver de perto e elogiar o trabalho da equipe.
“Ele falou que era um projeto viável dentro da estrutura proposta e do cenário”, comenta Heloisa.
Por trás da câmera, Heloisa presenciava uma conversa entre o CTO da Trexx, Vinícius Chagas, e o fundador da Ethereum , Vitalik Buterin.
Desafio blockchain em Singapura
A Trexx criou um protocolo de pontuação baseado na blockchain Polygon, que fornece transparência, por exemplo, a ONGs que querem mostrar onde estão gastando o dinheiro.
A id da equipe brasileira para o país asiático faz parte de uma iniciativa da Trexx chamada NAVE, onde o foco é visitar várias regiões para trocar experiências no mundo da tecnologia e mostrar um pouco do que ocorre no Brasil na área.
No primeiro tour, na Europa, a paulista, de Santo André, foi sozinha; neste segundo, na Ásia, foi acompanhado pela Head de Open Innovation, Sabrina Olivo, e de Vinícius Chagas.
Heloisa falou à reportagem um pouco de como foi o desafio. “A gente estava competindo com outras 120 equipes, a gente era a única equipe brasileira, e a gente sabe que os asiáticos são muito conhecidos ali [no ramo] pela capacidade intelectual deles. Daí então a gente criar um código, criar uma ideia, um modelo de negócio que a gente está desenvolvendo diante de um protocolo Game as a Service, dentro da Trexx, é muito gratificante”, ressalta.
Graduada em Desenho de Animação e pós-graduada em Gestão de Economia Criativa, Heloisa mostra uma paixão pelos games. Ela conta que aos cinco anos de idade, ganhou de seu pai seu primeiro videogame, um Super Nintendo, e que a partir de então já sabia o que queria ser quando crescer.
“Não foi para onde a vida me levou no primeiro momento. Eu brincava que queria ser testadara de jogos profissionais da Nintendo. Para mim, era a única profissão que existia ali no mundo dos games”, conta.
O sucesso da comunidade Axie Infinity
A empresária também é conhecida por ter criado a maior comunidade de jogos em blockchain da América Latina, fruto da criação da primeira comunidade do Axie Infinity no Brasil. Para Heloisa, esse movimento ajudou muita gente a entender o mundo das criptomoedas e da tecnologia que surgiu com o Bitcoin .
“O propósito social sempre foi muito forte”, ressalta a empresária.
Aliás, ela afirma que existem duas ‘Heloisas’, uma antes e outra depois da blockchain.
“Vi muita gente tendo a vida transformada por meio de jogos blockchain — mãe solo, motorista de Uber, pessoa com doença autoimune no interior do Acre, e aí eu fundei a Trexx pra gente poder desenvolver tecnologias para o setor de jogos blockchain”, comenta . Ela acrescentou:
“Eu entendi que o Brasil tinha um potencial muito grande de exportar, além de commodities, talento, propriedade intelectual, know how, enfim, tudo o que não fosse tangível.
“Jogos para muitos. Blockchain para todos”
“Nós nascemos de uma paixão, a blockchain e os jogos, e acreditamos que a tecnologia e o entretenimento, serão o caminho de inclusão e transformação para milhares de pessoas”, diz outro trecho na página da Trexx.
De acordo com Heloisa, é possível que uma startup abra uma rodada de investimentos nos próximos meses, ou “antes da próxima bull run, porque a gente acredita na crescente tanto do mercado quanto do protocolo que estamos fazendo”.
O primeiro produto da startup, conta Heloisa, é o Boom Boogers, que “acabou indo para uma linha que a gente entende que vai ser a adoção em jogos agora, que são os jogos mobile, os jogos casuais — então a gente diz que ele é um ‘Roblox da Web3’”. “É a nossa ideia que ele vá por esse caminho”.
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